
História do Cavalier King Charles Spaniel
O Cavalier King Charles Spaniel é descendente dos pequenos Toy Spaniels vistos em muitas das pinturas do século XVI, XVII, e XVIII de Titian, Van Dyck, Lely, Stubbs, Gainsborough, Reynolds, e Romney. Essas pinturas mostram os pequenos spaniels com cabeças planas, orelhas altas, olhos amendoados e focinhos longos. Durante a época Tudor, estes Toy Spaniels eram bastante comuns como animais de estimação das senhoras, mas foi no período dos Stuarts que eles receberam o título real de King Charles Spaniel.

Portrait of Clarissa Strozzi by Titian – 1542

Portrait of Eleonora Gonzaga by Titian – 1536

Caroline Duchess of Marlborough Painting
by Sir Joshua Reynolds 1759-62

Caroline Duchess of Marlborough Painting
by Sir Joshua Reynolds 1759-62

Lady Hamilton as Nature by George Romney – 1782

The Cavalier's Pets by Sir Edwin Henry Landseer – 1845

The Three Eldest Children of Charles I
by Anthony Van Dyck – 1635

Royal Gardener John Rose and King Charles II
by Hendrick Danckerts 1675
A história conta que o rei Charles II raramente era visto sem dois ou três spaniels. Adorava tanto os cãezinhos que chegou a escrever um decreto que o King Charles Spaniel deveria ser aceito em qualquer lugar público, inclusive nas Casas do Parlamento, onde os animais não eram, geralmente, permitidos. Conforme o tempo foi passando, e com a vinda da Corte holandesa, os spaniels sairam de moda e foram substituídos em popularidade pelo Pug. Uma exceção foi a cor castanho e branco que permaneceu como cão de companhia no Palácio de Blenheim por vários Duques de Marlborough.
Antigamente, não havia exposições de cães nem um padrão de raça definido, portanto os tipos e tamanhos variavam. Devido condições da época, os cruzamentos eram realizados de forma bastante aleatória. Em meados do século XIX, a Inglaterra começou a levar a criação e exposição de cães de forma mais séria. Muitas raças foram desenvolvidas e outras alteradas. Isso trouxe uma nova “versão” para o Toy Spaniel – cães com o rosto completamente plano, mandíbula inferior a frente da superior, crânio abobadado com orelhas longas e mais baixas e grandes olhos redondos do moderno King Charles Spaniel (também chamado de “Charlies” e conhecido no Estados Unidos hoje como o Toy Spaniel Inglês). Como resultado deste novo tipo, o King Charles Spaniel visto nas primeiras pinturas tornou-se praticamente extinto.
Foi nesta época que um americano, Roswell Eldridge, começou a pesquisar na Inglaterra pelos Toy Spaniels que lembravam aqueles nas pinturas antigas, incluindo a pintura de Sir Edwin Landseer, “The Cavalier’s Pets”. Mas tudo o que ele encontrava eram os Charlies de focinho curto. Eldridge persistiu, convenceu o UK Kennel Club, em 1926, para permitir que ele oferecesse prêmios por cinco anos na Crufts Dog Show – 25 libras esterlinas para o melhor macho e pela melhor fêmea – para os cães da variedade Blenheim, como os vistos no reinado de Charles II. A seguir o anúncio do catálogo do Crufts: “Como mostrado nas pinturas da época do rei Charles II, o rosto longo sem stop, crânio achatado, sem tendência a ser abobadado e com a mancha no centro do crânio” e serão premiados aqueles que ficarem mais próximos do tipo descrito.
Ninguém entre os criadores do King Charles levou este desafio muito a sério já que eles tinham trabalhado duro durante anos para acabar com o focinho longo. Gradualmente, com os grandes prêmios chegando ao fim, apenas as pessoas realmente interessadas em reviver os cães continuaram a experiência de criação. Ao final de cinco anos pouco havia sido alcançado, e no UK Kennel Club a opinião era que os cães encontrados não eram em número suficiente, nem de um único tipo, para merecer um registo de raça separada do Charlies.
Em 1928, um cão de propriedade da Sra. Mostyn Walker, Ann’s Son, foi agraciado com o prêmio. (Infelizmente Roswell Eldridge morreu em 1928 aos 70 anos, apenas um mês antes de Crufts, então ele nunca viu os resultados de prêmios do seu desafio). Foi no mesmo ano que um clube da raça foi fundado, e o nome Cavalier King Charles Spaniel foi escolhido. Era muito importante que a associação com o nome King Charles Spaniel fosse mantida já que a maioria dos criadores do tipo “original” obtinham suas matrizes por meio dos cães “descartados” de rosto longo dos canis de variedade rosto curto. Os pioneiros foram muitas vezes acusados de usar cruzamentos com outras raças para obter os rostos mais longos, mas isso não era verdade, o cruzamento com outras raças não era recomendado pelo clube.

Na primeira reunião do clube, realizada no segundo dia do Crufts em 1928, o padrão da raça foi redigido, era praticamente a mesma que a atual. Ann’s Son foi colocado sobre a mesa, como o exemplo vivo, e os membros do clube trouxeram todas as reproduções de imagens dos séculos XVI, XVII e XVIII que poderiam reunir. Como esta era uma oportunidade nova e única para conseguir uma raça que realmente fosse valiosa e importante, foi acordado que, tanto quanto possível, o Cavalier deveria ser protegido da moda, e que não deve passar pelo trimming. Um cão perfeitamente natural foi desejado e não era para ser estragado para atender diferentes gostos. O reconhecimento pelo UK Kennel Club ainda ficou retido e o progresso foi lento, mas aos poucos as pessoas tomaram conhecimento do movimento em direção ao “velho tipo” King Charles Spaniel que vinha para ficar. Em 1945, o UK Kennel Club concedeu registro separado e certificados para competições para permitir que o Cavalier King Charles Spaniel tivessem seus próprios campeonatos.
Fonte: Cavalier King Charles Spaniels in the United States. Founded in 1954. http://www.ckcsc.org/
POR QUE TER UM?
Antes de mais nada, vamos falar sobre a decisão de ter um cachorro. É uma decisão que deve ser levada a sério pois representa um comprometimento de dedicação, respeito e amor por vários anos e, portanto não pode ser feita apenas no impulso, na emoção.
Uma vez assisti a um filme japonês (10 Promises to My Dog) que conta a história de uma garotinha e seu cachorro Socks. O filme foi baseado nos 10 mandamentos do ponto de vista do cão (The Ten Commandments of Dog Ownership) e quando converso com pessoas que estão em dúvida de ter ou não um cachorrinho, além de algumas dicas, eu sempre digo a frase em destaque do mandamento 4, que é muito verdadeira e reflete exatamente o compromisso de ter um cachorro.
Assim mesmo, vou listar os mandamentos e espero que ajudem a tomar a decisão:
- Minha vida dura em torno de 10-15 anos, qualquer separação de você será muito dolorosa para mim. Lembre-se disto antes de me adquirir.
- Me dê tempo para entender o que você precisa de mim.
- Confie em mim. É essencial para meu bem estar.
- Não fique bravo comigo por muito tempo e não me tranque como uma punição, eu não sou capaz de entender o porquê. Eu apenas entenderei que sou rejeitado. Você tem seu trabalho, sua diversão e amigos, e eu só tenho você.
- Converse comigo de vez em quando. Mesmo que eu não entenda suas palavras, eu posso entender sua voz e sentir o que está dizendo.
- Fique atento como você me trata, eu nunca esquecerei.
- Por favor, não me bata, eu não posso bater de volta, mas poderia morder ou arranhar e eu nunca faria isso.
- Antes de me repreender por não obedecer, por estar ansioso ou preguiçoso, pergunte a você mesmo se pode haver algo me incomodando. Talvez eu não esteja comendo direito, ou estou ficando no sol por muito tempo, ou meu coração está ficando velho e fraco. Pode ser que eu seja um cachorro cansado.
- Cuide de mim quando eu ficar velho. Você também envelhecerá e vai precisar de amor, cuidados, conforto e atenção.
- Fique comigo nos momentos difíceis. Não diga “Prefiro não ver” ou “Faça quando eu não estiver presente”. Tudo é mais fácil quando você está por perto. Lembre-se, independentemente do que você faça, eu sempre vou te amar.

Agora, se você está decidido em ter um cachorro, por que escolher um Cavalier King Charles Spaniel?
O Cavalier é uma raça muito especial. É carinhoso, brincalhão, inteligente e devotado ao dono, sendo perfeito como cão de companhia. Se adaptam muito bem a rotina da família e se dão bem com crianças, idosos, gatos e outros cães.
São cães felizes, estão sempre abanando o rabo e muitas vezes parecem que estão sorrindo!
Embora haja alguns problemas de saúde mais comuns na raça, a manutenção de um Cavalier não é complicada. Não necessitam de tosas, não costumam ter comportamento de “destruir” a casa, não são agressivos, se adaptam super bem em apartamento ou em casa (mas não vale deixar seu Cavalier somente no quintal) e quase não latem. Banhos e escovação regulares, uma ração de qualidade, água fresca a vontade, vacina em dia, passeios e muito carinho são as necessidades básicas de um Cavalier.
E lembrem-se, são cães para fazerem parte da família!

PADRÃO DA RAÇA
Classificação F.C.I.:
Grupo 9: Cães de Companhia
Seção 7: Spaniels Ingleses
Padrão FCI Nº.: 136 – 06 de abril de 1998
País de origem: Grã-Bretanha
Nome no país de origem: Cavalier King Charles Spaniel
Utilização: Companhia, sem prova de trabalho
Aparência geral: ativo, gracioso, bem proporcionado e de expressão doce.
Comportamento / Temperamento: impetuoso, afetuoso e, absolutamente, sem medo. Alegre, amigável, não agressivo; sem nenhuma tendência ao nervosismo.

CABEÇA
Região Craniana
Crânio: quase plano entre as orelhas.
Stop: pouco marcado.
REGIÃO FACIAL
Trufa: preta, bem desenvolvida e sem manchas.
Focinho: o comprimento da base do stop à base da trufa é de, aproximadamente, 3,8 cm. A largura diminui para a ponta. A face sob os olhos é bem cheia. Qualquer tendência a ser pontudo é indesejável.
Lábios: bem desenvolvidos sem serem pendentes.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes com uma perfeita, regular e completa mordedura em tesoura.
Olhos: grandes, escuros e redondos sem serem proeminentes; inseridos bem afastados.
Orelhas: longas, de inserção alta, com franjas em abundância.
PESCOÇO
De comprimento médio e ligeiramente arqueado.
TRONCO
Dorso: nivelado.
Lombo: curto.
Peito: médio; costelas bem arqueadas.
CAUDA
De comprimento proporcional ao corpo; boa inserção; portada alta, porém nunca muito acima da linha do dorso. O corte da cauda é opcional.
MEMBROS
Anteriores: de ossatura média e retos.
Ombros: bem inclinados.
Posteriores: de ossatura média.
Joelhos: bem articulados.
Jarretes: sem tendência aos jarretes de vaca ou em foice.
Patas: compactas, com boas almofadas e bem franjadas.
MOVIMENTAÇÃO
Livre e elegante em ação, com muita propulsão nos posteriores. Anteriores e posteriores movem-se paralelamente quando vistos pela frente ou por trás.
PELAGEM
Pêlo: longo, sedoso, sem encachear. Admite-se uma ligeira ondulação. Franjas abundantes. Os exemplares deverão apresentar-se livres de trimming.
COR
As cores reconhecidas são:

Blenheim
Marcas castanho vivo, bem distribuídas sobre o fundo branco pérola. As marcas devem se dividir de maneira igual na cabeça, deixando um lugar entre as orelhas para uma mancha em forma de losango (a única característica da raça).

Tricolor
Preto e branco, bem distribuídos com marcações em castanho acima dos olhos, nas faces, na face interna das orelhas, peito, parte interna dos membros e sob a cauda.

Preto e Castanho (Black & Tan)
Preto com marcações em castanho acima dos olhos, nas faces, face interna das orelhas, no peito, nos membros e sob a cauda. A cor castanho deve ser brilhante. Marcas brancas são indesejáveis.

Ruby
Unicolor vermelho intenso. Marcas brancas são indesejáveis.
Qualquer outra cor ou combinação de cores é altamente indesejável.
PESO
5,4 a 8 kg. É desejado um cão pequeno e bem balanceado dentro destes pesos.
TEMPERAMENTO
O Cavalier King Charles Spaniel é carinhoso, brincalhão, gentil e devotado ao dono. Cavaliers não são cães para ficar em quintal o dia todo, com seus 400 anos de contato com o homem, são cães para estarem junto a família. Eles são felizes, amorosos, e adoram dormir em uma cama ou poltrona macia. Eles se dão muito bem com crianças, gatos e outros cães porque são muito tolerantes.
Cavaliers são ativos e como a maioria dos cães necessitam de exercício físico, passeios regulares já são suficientes. Eles têm um instinto para caça e portanto qualquer coisa que se mova ou cheiro diferente já são atrativos para alguns Cavaliers, por isso se estiver em um lugar aberto e seu cãozinho estiver solto fique de olho para não perdê-lo de vista!
Não são agressivos, latem pouco e se adaptam muito bem em casa ou apartamento, e lembre-se de passear com ele e deixá-lo fazer parte da família. Cavaliers amam pessoas!
O gráfico abaixo resume um pouco as características de um Cavalier King Charles Spaniel:
Fonte: What Dog? Amanda O’Neill
SAÚDE
A expectativa de vida de um Cavalier varia entre 9-14 anos, embora seja um cão saudável a raça possui uma predisposição a algumas doenças genéticas, por isso a importância de procurar por um canil sério que priorize a saúde dos seus cães.
Doença da Valva Mitral (MVD)
MVD é uma degeneração da válvula mitral do coração, um dos quatro conjuntos de válvulas no coração de um cão. A válvula não fecha completamente após cada ação de bombagem, o que permite que o fluxo do sangue retorne.
Cerca de 10% de todos os cães sofrem de alguma forma de doença cardíaca. A doença da valva mitral é a doença cardíaca mais comum em cães mais velhos de todas as raças. No entanto, em Cavalier King Charles Spaniel, a prevalência da MVD é cerca de 20 vezes maior do que em outras raças. Também com os Cavaliers, o início da doença é frequentemente muito mais cedo na vida do cão.
Com a progressão da MVD, os primeiros sintomas que podem ocorrer são a intolerância ao exercício, falta de ar, tosse, um abdômen distendido, falta de apetite, inquietação à noite, perda de peso, e desmaios.
Os Cavaliers devem ser examinados anualmente por um médico veterinário através da auscultação, se houver qualquer suspeita, é recomendável procurar um especialista na área e outros exames complementares devem ser feitos para confirmar a MVD.
Siringomielia (SM)
A Siringomielia é uma condição extremamente grave caracterizada pela formação de cavidades císticas com acúmulo de líquido no interior da medula espinhal. É também conhecida como “doença da coceira do pescoço”, porque um dos seus sintomas é o cachorro coçar o ar próximo a região do pescoço.
A SM é rara na maioria das raças, mas o Cavalier parece ser particularmente propenso a esta doença, causada pela falta de espaço suficiente no crânio que contém o cerebelo. Esta anomalia na anatomia provoca diferentes graus de alteração na estrutura da medula espinhal e do cérebro, que somente podem ser detectados com ressonância magnética. Os sintomas também variam como a “coceira” na região do pescoço a mais severas como dor intensa e fraqueza nos membros.
O tratamento é bastante restrito e também varia entre medicamentos até cirurgia. O profissional deve ser sempre consultado.
No link abaixo você encontrará mais detalhes sobre a Siringomielia:
http://www.veterinary-neurologist.co.uk/Syringomyelia/
Displasia coxo-femural
Muito comum em várias raças e conhecida principalmente pelos proprietários de cães de porte grande, a displasia coxo-femural também afeta o Cavalier King Charles Spaniel.
A displasia é caracterizada pela má formação no encaixe da cabeça do fêmur com a bacia causando diferentes graus de artrite (também chamada de doença articular degenerativa, artrose, osteoartrose). É uma doença hereditária e de caráter recessivo que pode aparecer e desaparecer com o tempo, em diferentes gerações.
A displasia é uma doença que pode ser extremamente dolorida para muitos cães afetados por ela. O diagnóstico da displasia é exclusivamente radiológico.
A fundação ortopédica para animais – Orthopedic Foundation for Animals (OFA) – publicou um ranking que apresenta por raça (de 1974 a 2011), a porcentagem de cães com e sem displasia. O Cavalier aparece na posição 79, com base em 5896 exames, 4,2% obtiveram grau excelente (sem displasia) e 12,4% tiverem resultado com grau de displasia fora do considerado normal.
Obtenha maiores informações no link: http://www.offa.org/
Luxação de Patela
A patela, ou rótula, faz parte da articulação do joelho. Na luxação da patela a rótula sai do lugar conforme pode ser visto abaixo, causando dependendo do grau dor ou até mesmo difculdade em se movimentar.
O diagnóstico é relativamente simples para um veterinário familiar com ortopedia pois é feito através de palpação na região com o cão acordado. Se diagnosticado , o tratamento pode variar dependendo do grau de severidade.
Curly Coat
A síndrome de Curly Coat é uma condição congênita grave da pele, pelagem, unhas e os olhos de alguns filhotes. É também conhecida como síndrome da pelagem áspera e o seu nome científico é ichthyosis keratoconjunctivitis sicca.
A forma mais severa desta síndrome em Cavalier King Charles Spaniel é uma combinação de Curly Coat e Dry Eyes.
Hoje, existem testes de DNA que identificam se o cão é livre, portador ou positivo para esta doença.
Dry Eyes
O Dry Eyes (olho seco) é uma inflamação da córnea e conjuntiva, devido a uma incapacidade para produzir as lágrimas.
Esta doença impede que os olhos do Cavelier possam ser devidamente lubrificados, resultando em secura crônica, olhos ardentes e ulceração dolorosa da córnea que pode levar à cegueira. Devido ao sofrimento causado para o cão, eles são, geralmente, sacrificados ainda filhotes.
Hoje, existem testes de DNA que identificam se o cão é livre, portador ou positivo para esta doença.
Episodic Falling
Episodic Falling (EF) é uma síndrome de origem genética e exclusiva do Cavalier King Charles Spaniel, que causa rigidez muscular e convulsão. Normalmente, são induzidas pelo exercício ou grande excitação e podem manifestar-se com rigidez nos membros posteriores, fazendo o cão cair e convulsionar. EF é muitas vezes diagnosticada como a epilepsia, por ser pouco conhecida entre os veterinários, porém os medicamentos disponíveis para o tratamento de epilepsia e EF são diferentes e o diagnóstico precisa ser preciso.
Hoje, existem testes de DNA que identificam se o cão é livre, portador ou positivo para esta doença.
Obtenha maiores informações no link abaixo: http://www.episodicfalling.com/
Trombocitopenia e Macrotrombócitos
Trombócitos, também chamados de plaquetas são um dos três tipos das células do sangue, e tem um papel muito importante na coagulação do sangue. A sua principal função é a formação de coágulos, participando, portanto, do processo de coagulação sanguínea, parando assim o sangramento. Os cães têm entre 150.000 e 200.000 plaquetas por milímetro cúbico de sangue e quando existe uma contagem inferior a 40.000, normalmente, aparecem anormalidades no processo de coagulação e esta anomalia é denominada trombocitopenia. No entanto, o Cavalier é a única raça que pode ter contagem inferior a 40.000, sem apresentar qualquer problema de saúde real ou mesmo dificuldade de coagulação. Esta anomalia ocorre apenas em Cavalier, sendo assim, muitos veterinários desconhecem este problema. Aproximadamente 30% dos Cavaliers apresentam uma anomalia chamada de macrotrombócitos, ou plaquetas gigantes, significa que as suas plaquetas são maiores que as normais, sendo assim, os aparelhos de análise não reconhecem essas células devido ao seu tamanho, e apresentam um resultado de plaquetas inferior ao real. Em Cavalier, recomenda-se o exame de sangue com contagem manual para evitar falso diagnóstico, caso o Cavalier apresente baixo número de plaquetas e ausência de hemorragia nasal, manchas na pele (petéquias ou equimoses), presença de sangue nas fezes ou na urina, nenhum tratamento deve ser feito.